Apesar de um primeiro semestre com crescimento, o setor automotivo brasileiro entra no segundo semestre com atenção redobrada.
De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), a produção de veículos cresceu 7,8% em comparação ao mesmo período de 2024, totalizando 1,22 milhão de unidades.
Mas o mês de junho trouxe sinais de desaceleração.
Queda nos números de junho preocupa
Em junho, a produção caiu 6,5%, os emplacamentos recuaram 5,7% e as exportações diminuíram 2,7%, com uma perda de mais de 600 empregos diretos.
Segundo Igor Calvet, presidente da Anfavea, o desempenho abaixo do esperado não é justificado apenas pelo feriado que reduziu um dia útil no mês.
Exportações dependem da Argentina
O crescimento nas exportações (quase 60%) foi puxado principalmente pela recuperação do mercado argentino.
Isso gera um alerta: o Brasil está dependente de um único destino para manter suas exportações em alta, enquanto mercados como o México reduziram sua participação.
Ameaça do excesso de importações
No mercado interno, os veículos importados cresceram 15,6% no semestre, contra apenas 2,6% dos modelos nacionais.
E o varejo de carros leves brasileiros teve queda de 10%.
Mais de 110 mil carros chineses estão em estoque no Brasil e a média diária de vendas em junho foi inferior à de junho do ano passado.
Caminhões e ônibus: contrastes
Enquanto o segmento de caminhões registra queda de 3,6% nos emplacamentos, o setor de ônibus teve bons resultados, com alta de 31,3% nas vendas no semestre.
O que esperar agora?
A Anfavea alerta para o impacto das importações em excesso, especialmente de veículos chineses, que entram no país com impostos abaixo da média global.
A entidade defende ações contra a perda de competitividade da indústria nacional.
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(Fonte: Anfavea)