Com os avanços da tecnologia automotiva, muitos motoristas acreditam que o famoso “amaciamento do motor” ficou no passado. Mas, segundo especialistas, esse cuidado continua sendo fundamental e não apenas para veículos a combustão.
Por que o amaciamento ainda é necessário?
De acordo com William Artigiani, consultor mecânico mesmo com componentes cada vez mais resistentes, o motor de um carro zero-quilômetro ainda precisa passar por um período de adaptação.
“Mecanicamente, falamos de um conjunto novo: o anel raspador ainda não percorreu o cilindro, existem ranhuras do brunimento que precisam ser ajustadas e as peças ainda não sofreram altas dilatações”, explica.
Por isso, nos primeiros 1.000 km, é essencial que o condutor dirija com moderação, evitando acelerações fortes, longas distâncias em ritmo contínuo ou velocidades muito altas. O descuido nesse período pode gerar problemas precoces, como consumo excessivo de óleo.
E os carros elétricos?
O amaciamento também se aplica aos veículos eletrificados. A BYD, por exemplo, recomenda que seus modelos rodem os primeiros 2.000 km em modo Eco, com aceleração suave, para garantir o ajuste ideal de todo o conjunto.
O recado é claro
Seja qual for a motorização, respeitar o período de amaciamento garante mais durabilidade, eficiência e menos dores de cabeça no futuro. Como resume Artigiani: “Quem sai pisando em um carro zero pode não chegar a 5.000 km sem problemas”.
(Fonte: Quatro Rodas – Auto serviço)